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sábado, 2 de abril de 2011

Microscópio: estudando as células

                  O olho humano só consegue distinguir dois pontos separados por mais de 0,1 milímetros. Dessa forma, antes do surgimento dos microscópios era difícil realizar estudos celulares. A invenção do microscópio foi realizada por holandeses por volta de 1590, no entanto, a descoberta das células ainda demorou muitos anos, e aconteceu apenas em 1665. Robert Hook, ao observar um pedaço de cortiça notou a existência de pequenos compartimentos, que ele batizou de células. O microscópio que ele utilizou havia sido desenvolvido por ele próprio, e ainda era muito rudimentar o que impossibilitou o aprofundamento de sua descoberta. A teoria celular foi formulada apenas em 1839.

Fonte: Google Imagens
                O microscópio de luz funciona como um conjunto de lentes que ampliam a imagem que é transpassada por um feixe luminoso. Para que a imagem seja formada é preciso que aconteça a interação da luz com o espécime, de forma que este obsorva ou refrate os raios, criando contraste entre o objeto e o meio que o envolve.
                 Componente ópticos e mecânicos formam o microscópio de luz. Os ópticos são a fonte de luz, o condensador, as objetivas e a ocular, e eles participam direta ou indiretamente da formação da imagem ampliada do objeto na retina do observador. Os componentes mecânicos estabilizam o sistema de lentes que produzirá a imagem, e são eles a base ou pé, o braço, a platina, os parafusos macrométrico e micrométrico, o revolver das objetivas e o canhão da ocular. Os componente ópticos e mecânicos contribuem conjuntamente para a qualidade da imagem formada. 

Componentes do microscópio de luz

                  O aumento de uma estrutura é dado pela aumento da objetiva (aumenta o poder de resolução que é a capacidade de diferenciar dois pontos próximos) multiplicado pelo aumento da ocular (aumenta o tamanho do material). Um microscópio sempre tem várias objetivas (10, 20, 40 e 100X), já o aumento proporcionado pela ocular sempre é 10X.

                  Na microscopia de luz existem muitos tipos de aparelhos que diferem entre si pelos sistemas de lentes e filtros, para assim diversificar as imagens formadas. Os diversos tipos de microscópios permitem solucionar dois problemas: da transparência dos componentes celulares devido ao alto conteúdo de água e consequentemente o baixo contraste. Entre os tipos especiais de microscopias destacam-se:

Contraste de fase: usado para o estudo de células vivas, não coradas. Gera uma imagem com diferentes graus de obscuridade ou luminosidade. No contraste negativo o material aparece brilhante em um fundo escuro, já no contraste positivo o material aparece escuro em um fundo brilhante.

Campo escuro: o espécime é iluminado com luz obliqua. A dispersão da luz gerada por um ajuste optico fornece um plano totalmente escuro e aumenta o contraste da imagem para salientar pequenos detalhes.

Fluorescência: uma estrutura fluorescente emite brilho contra um fundo escuro. Existem compontentes celulares naturalmente fluorescente e outros que podem se ligar a substância fluorescentes. O microscópio fluorescente é alimentado por uma luz de mercurio de alta pressão e possuem filtros de excitação para detectar o brilho do material contra o fundo escuro.

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