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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Especialização da Superfície Apical das Células

Microvilosidades

                  São projeções da membrana plasmática em formato digitiformes, estas projeções são sustentadas por microfilamentos de actina. As microvilosidades ampliam a superfície da membrana plasmática aumentando sua eficiência para as trocas com a cavidade ou o meio extracelular. Estão presentes nas células absortivas , como células epiteliais intestinais ou dos túbulos proximais dos rins.
                  Os microfilamentos que preenchem e sustentam tais especializações penetram profundamente no citoplasma, na base das projeções, interagindo com os demais elementos do citoesqueleto na região apical da célula. Essa concentração de citoesqueleto na lamina basal denominada trama terminal.


Cílios e Flagelos
                Os cílios e flagelos são flexíveis prolongamentos da membrana celular, que variam de comprimento e são formados por microtúbulos que possuem como proteína motora a dineína, o microtúbulo forma um feixe central chamado axonema, constituído de nove duplas de microtúbulos dispostos circularmente e dois microtúbulos centrais. O axonema é fixado por corpos basais à superfície celular, que apresenta a mesma forma do centríolo e funciona como um núcleo de montagem de microtúbulos flagelares.


Estereocílios

            Os estereocílios são microvilosidades especializadas cuja estrutura, citoesqueleto de preenchimento e ancoragem são idênticos ao de uma microvilosidade comumdf. Seu comprimento e calibre podem assemelhar-se aos cílios móveis, ou mostrarem ramificações. Por causa das eventuais semelhanças com os cílios, mas sem realizarem os movimentos ritmados destes, foram então denominados “falsos cílios” ou estereocílios. Essas projeções têm ocorrência em epitélios absortivos e secretores, como o do epidídimo e canal deferente no sistema reprodutor masculino.

terça-feira, 10 de maio de 2011

CITOESQUELETO


O termo citoesqueleto  designa o conjunto de elementos que, em sintonia, são responsáveis pela integridade estrutural das células e por uma ampla variedade de processos dinâmicos, como a aquisição da forma, a movimentação celular e o transporte de organelas e outras estruturas citoplasmáticas.
   O desenvolvimento de um sistema integrado de filamentos de constituição protéica, responsável pelos processos de estruturação, movimentação e transporte, foi um importante passo evolutivo, sendo uma característica que distingue as células eucarióticas das células procarióticas, que carecem de citoesqueleto.
   Embora estejam presente em todas as células eucarióticas, a quantidade e a distribuição dos elementos do citoesqueleto variam nos diferentes tipos celulares.
   O citoesqueleto é representado por três tipos principais de filamentos, cada qual composto por proteínas distintas: os microtúbulos, formados pelas tubulinas; os microfilamentos de actina, formados pela proteína actina e os filametnos intermediários, divididos em diferentes classes, conforme o tipo de proteína fibrosa que possuem. Cada tipo possui uma distribuição característica nas células.
   Há um número variável de protéinas acessórias associadas a cada um desses três tipos de elementos do citoesqueleto, modulando a estrutura e a função dos filamentos principais.

Fonte: Neto, J. L; Góes, R. M; Carvalho, H. F. Citoesqueleto. A Célula.

PARA SABER MAIS:
http://www.wiley.com/college/pratt/0471393878/student/animations/actin_myosin/index.html

http://ppsus.cederj.edu.br/site/buscar?termo=biologia%20celular&tipo=0&campo=0&pagina=26&area=null

domingo, 8 de maio de 2011

Junções Celulares

                   As células de organismos multicelulares estão organizadas em grupos chamados tecidos. Nos tecidos existem também uma rede complexa de macromoléculas chamadas de matriz extracelular. Para esta organização é necessário a existência de junções célula-célula e célula-matriz.
                  Neste sentido, os tecidos epitéliais e conjuntivo representam dois extremos. Como no tecido conjuntivo há abundância de matriz extracelular um número reduzido de células, predomina-se as junções célula matriz. Já no tecido epitelial as células estão firmemente unidas em camadas e a matriz extracelular é escassa, consistindo apenas da fina camanda que constitui a lâmina basal. Assim, no tecido epitelial há predominio das junções célula-célula. As junções celulares estão presentes em todos os tipos de tecidos.
                Há três tipos de junções:
  • Junções bloqueadoras: selam as células adjancentes em uma camada epitelial, impedindo a passagem de substâncias entre o epitélio. Ex.: Junções oclusivas.
  • Junções ancoradouras: conectam mecanicamente as células adjancentes e a matriz extracelular por meio do citoesqueleto. Ex.: Junções de adesão, desmossomos e hemidesmossomos.
  • Junções comunicantes: permitem a passagem de sinais elétricos ou químicos entre as células adjacentes. Ex.: Junções tipo gap ou fenda.
Junções oclusivas 

Adere firmemente as membranas plasmáticas das células epiteliais logo abaixo da superficie livre do epitelio. A junção oclusiva é formada pelas proteínas integrais ocludinas e claudinas, e bloqueia o espaço intercelular impedindo a passagem de substâncias através do epitelio.   

Junção de oclusão
Fonte: Google imagens
            
Junções aderente

Esta localizada abaixo da junção oclusiva e é constituída por proteínas da família das caderinas. As caderinas se conectam aos filamento de actina mediante proteínas ligadoras como as placoglobinas, catenina, alfa-actina e vinculina. As junção de adesão mantem as células ligadas entre si e estão localizadas em uma região rica em microfilamentos de actina que forma o cinturão de adesão.


Fonte: Google imagens

Junções comunicante

As junções comunicantes ou tipo Gap são canais formados por proteínas transmembrana. Cada canal é composto pela associação entre seis proteínas conexinas, o que forma uma estrutura cilíndrica e oca que atravessa a membrana plasmática permitindo a passagem de substâncias entre as células.

Fonte: Google imagens
Desmossomos

São encontrados por baixo da zona de adesão. Neste ponto dos desmossomos as membranas plasmáticas se encontram separadas por uma distância de 30 a 50 nm. Os demossomos são formados por proteínas da família caderinas denominadas desmogleína e desmocolina. Estão envolvidos também os filamentos intermediarios. Os demossomos conferem resistência mecânica aos tecidos.

Fonte: Google imagens
Hemidesmossomos

Ligam as células epitéliais a lâminas basal. É constituido pela associação de integrinas e filamentos intermediarios de queratina a uma rede de colágeno da lâmina basal. Esta conexão acontece por meio da proteína laminina.

Fonte: Google imagens
Resumo

sábado, 7 de maio de 2011

Colorações: Histoquímicas

A coloração em técnicas tintoriais é empregadas para facilitar os estudos dos tecidos e a visualização no microscópio. Ela é de importância fundamental em citologia, pois os tecidos não tratados têm pouca diferenciação óptica.  O corante atua fixando-se eletiva ou seletivamente em determinadas estruturas celulares, conferindo a elas diferentes graus de absorção da luz incidente, e possibilitando a identificação e o estudo de suas alterações por nosso sentido de visão, auxiliado pelo microscópio.
Os corantes podem ser classificados de modo geral como ácidos, básicos ou neutros. Os ácidos coram formações básicas (citoplasma celular); os básicos coram formações ácidas (núcleo) e os neutros são formados pela associação de um corante ácido com um básico, de modo que cada um de seus componentes cora respectivamente, os componentes de função química oposta. 
Os corantes que coram determinadas estruturas com coloração diferente da sua, ou elementos protéicos com a mesma cor, mas com diferentes intensidades, são denominados Meta Cromática, ou seja, essa coloração é aquela na qual um mesmo corante confere cores diferentes às estruturas diversas. 
CLASSIFICAÇÃO DOS CORANTES: As colorações são classificadas tendo-se em vista vários atributos:
  • São colorações monocrômicas quando uma só cor é impressa às estruturas. Exemplo: Corando-se uma fatia de órgão pela eosina todas as estruturas terão cor rósea. 
  • Bicrômicas são as colorações obtidas com duas cores diferentes. Exemplo: as rotineiras colorações HE (Hematoxilina e Eosina), ou seja, hematoxilina coram os núcleos de roxo e a eosina deixam o citoplasma róseo.
  • As colorações tricrômicas coram com três cores fundamentais. Exemplo o Tricrômico de Masson.
  • Policrômicas são as colorações com mais de três cores.
As colorações sucessivas são aquelas em que se usa um corante após outro. O método HE é coloração sucessiva. Simultâneas, são as colorações feitas com misturas de dois ou mais corantes. Quando nestas mistura os corantes são todos ácidos ou todos básicos, diz-se que é uma mistura homogênea. Exemplo de mistura homogênea é o corante de Van Gienson, que é uma combinação do Ácido Pícrico e da Fucsina Ácida. Diz-se que a coloração é heterogênea quando a mistura é composta por corantes básicos, ácidos e neutros.
Uma coloração direta é aquela que se faz quando o corante se fixa sem auxilio de mordimento prévio. Um mordente é uma substância que prepara o tecido para reter o corante. Mordentes são substâncias que atuam precipitando albuminas. Muitos deles neutralizam a ação redutora dos tecidos que impediria a coloração. Os principais mordentes são os alumes, cromatos, tanino, iodo, permanganato de potássio e outros.A coloração com o azul de metileno é um exemplo de coloração direta. A coloração indireta é a prática de coloração que implica em mordantagem anterior ou simultâneo.

Exemplos de Coloração histoquímica: Picrossirius, Tricrômico de Masson e PAS (Reativo de Schift), etc.
 Exemplos de coloração simples:H&E (Hematoxilina e Eosina); Azul de metileno, etc

Mediante esse texto verifica-se quais são histoquímicas e quais são coloração normais. Lembrando que histoquímicas coram variadamente suas composições celulares, tais como citoplasma, núcleos, matriz extra celular e seus respectivos fluidos, e podem marcar compostos químicos e macromoléculas como lípidios, carboidratos e proteínas nas células.



Foto micrografia no intestino. Os fluidos sendo corados por PAS. GOMES, A.R.; ZAIDEN, S. F.; NAKAGHI, L. S. O (2008).


Foto micrografia de cartilagem, corada em Picrossírius. GOMES, A.R.; ZAIDEN, S. F.; NAKAGHI, L. S. O (2008).

Foto micrografia de ovário e testículo de Rã. Detalhes: sua matriz extra celular, células (núcleo e citoplasma) Tricromico de Masson. GOMES, A.R.; ZAIDEN, NAKAGHI, L. S. O (2008).


Foto micrografia de testículo de Rã, HE. GOMES, A.R.; ZAIDEN, S. F.; NAKAGHI, L. S. O (2008)

Corantes que marcam carboidratos nas células: PAS (marca polissacarídeos como o glicogênio), Alcian Blue (marca glicoproteínas ácidas), Lectinas (são proteínas que se ligam a carboidratos com alta especificidade).

Corantes que marcam proteínas nas células: Fast green (marca proteínas histônicas)

Corantes que marcam lípidios nas células: Sudam Black, Sudam IV, Azul de toluidinha, Azul de nilo

Corantes que marcam ácidos nucléicos nas células: Reação de feulgen (marca DNA), coloração verde-metil-pironina (marca DNA e RNA).